O fabrico das mantas, herdeiro dos panos e das estamenhas, foi a principal actividade de Minde a partir dos finais do séc. XIX. Depois da crise económica e social sofrida pela população, na sequência das invasões francesas e das lutas liberais, a segunda metade de oitocentos permitiu o ressurgimento daquela comunidade.
Quando o século XX chegou, e durante largas décadas, as mulheres de Minde, em teares artesanais, teciam as mantas que os homens se encarregavam de vender um pouco por todo o país.
O fabrico das mantas atingiu o seu apogeu nos anos cinquenta do século passado, mas passadas pouco mais de três décadas, já não havia nenhum tear manual a laborar permanentemente, em Minde.
Os teares foram desaparecendo, uns porque se estragaram, outros foram desmanchados, muitos serviram de lenha. Poucos se salvaram e, se um ainda hoje é manipulado, deve-se ao empenho com que o CAORG tem procurado aliar a tradição e a memória com a contemporaneidade.