O início da sua história como povoação e documentalmente referenciada remonta a 1165 com o decreto do rei D. Afonso Henriques a instituir uma albergaria para apoio aos transeuntes (pessoas que por cá passavam, a pé) na travessia das serras envolventes, hoje denominadas por Calcário Estremenho no Sistema Montejunto - Estrela.
A Paróquia de Minde terá sido doada pela Sereníssima Casa de Bragança que foi uma dinastia de origem portuguesa (1139–1910), tendo sido uma das mais importantes e afluentes da Europa e do mundo inteiro. Terá sido a última casa soberana do Reino de Portugal, do Reino Unido de Portugal e do Império do Brasil.
Tendo pertencido inicialmente ao concelho de Porto de Mós, por extinção deste em 1892, Minde passou a integrar o concelho de Torres Novas. Em 1914 é criado o concelho de Alcanena e Minde passa a estar integrado no mesmo até aos dias de hoje.
Nos recuados tempos da fundação da monarquia a região montanhosa denominada Maciço Calcário Estremenho era certamente o que, nos tempos atuais, se poderia chamar um maravilhoso e genuíno parque natural.
Poderiam considerar-se como povoados demarcantes de toda essa vasta área, então praticamente despovoada, as vilas de Alcobaça, Aljubarrota, Porto de Mós, Ourém, Torres Novas e Alcanede que balizavam um perímetro de mais de 120 quilómetros, e entre elas a espessura dos matos ou o escalvado dos fraguedos onde o chão minguava, intercalados com a exuberância dos bosques que preenchiam as pregas e os covões de terra funda, quais oásis disseminados pelo imenso manto verde do corpo da serrania.
Era preciso que esta enorme cadeia rochosa, a servir de barreira às ligações entre o norte e o sul, o litoral e o interior, se tornasse mais fácil de transpor por quem, se viesse a meter pelas suas brenhas.
Foi o reconhecimento dessa necessidade que levou o rei D. Afonso Henriques a decretar a criação de albergarias em lugares estratégicos do maciço com vista a darem poiso e apoio aos transeuntes nos trajetos viáveis indicados pela conjugação de vales e portelas. Daí a fundação da albergaria de Minde, por carta régia desse mesmo rei, datada de 20 de Janeiro de 1165 no Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça.
Esta carta que, com alguma lógica , se pode considerar a certidão de nascimento de Minde como povoação, confere-lhe, portanto, existência institucional desde os primeiros anos da monarquia.
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